E a feira foi linda. O domingo tinha sol, mas até mesmo o sol foi amigo e vez em quando permitia que grossas nuvens se impusessem, aliviando o calor. E tinha vento, o vento de primavera de Santa Vitória, aquele que tanto incomodava o Zezinho, nosso homenageado maior. Falando em Santa Vitória, acho até que a Santa ficou tão curiosa com a movimentação que fez um pequeno milagre, para virar-se em seu pedestal e descobrir o se passava logo ali, às suas costas.
A maior parte da turma chegou à praça às sete da manhã e quem chegou arregaçou as mangas, sem medo de pegar no pesado. Alguns imprevistos, como barracas faltando peças e a energia elétrica, que não chegava aos pontos de luz. Faltou um ofício para a CEEE. Mas... estamos em Santa Vitória e aqui todo o mundo se conhece e tudo tem solução, com um pouquinho de camaradagem e boa vontade.
Os banheiros da praça foram limpos, lixeiras colocadas em pontos estratégicos. E recebemos 28 expositores, entre artistas, artesãos e vendedores de alimentos.
Alguns faltaram, outros, se agregaram na última hora. Os uruguaios tiveram problemas distintos, e nenhum pode vir, porém não desistiremos deles.
A editora ERREJOTA livros mandou-nos de porto Alegre oito exemplares de sua produção, cujo lucro deve reverter para a feira. Já teremos como pagar os custos da instalação da CEEE....
Tivemos algum problema também com as camisetas, os tamanhos não conferiam com a lista, mas isso também já está sendo solucionado.
E o melhor: o público adorou. E os expositores, mais ainda. Muitos se mostram empolgados com a possibilidade de ver o evento tornar-se periódico. Vamos ver no que vai dar...nós estamos à disposição para dar o apoio técnico que nos for possível. O site está no ar, o blog também, e a ideia está aí, abençoada pela Santa, que tenho certeza, adorou o movimento.
As atrações artísticas também estiveram encantadoras: boa música, teatro de rua de primeira, mágico itinerante, mostra de trabalhos da gurizada do Barracão, dentro do projeto Minha Terra tem Palmares... E o seu Aldo do Pandeiro, nosso grande artista popular, com seu carisma e simplicidade, cantando seu amor pelo que é nosso.
Emocionante, também, foi a homenagem merecida à Banda Lira dos Palmares, fecho do evento e gesto mínimo de agradecimento àqueles que tanto fizeram pela música na nossa região.
A Associação Protetora dos Animais fez nove doações e infelizmente, nenhum dos cãezinhos da Vigilância Sanitária foi adotado, mas todos foram vistos e adorados. Mas várias pessoas estão imbuídas do espírito de encontrar donos para os cachorros, principalmente para o Grandão, misto de fila com doçura que espera por um dono no Canil Municipal. E assim vai-se criando o hábito do desprendimento, do abraço amigo, do espaço público compartilhado, do sorriso fácil. E o reconhecimento pela qualidade do trabalho artístico e artesanal feito qui, na nossa terrinha.
E nós, acadêmicos de turismo, com a parceria da comunidade, vamos dando asas ao nosso processo de formação profissional. Parabéns e muito obrigada a todos os que participaram de uma maneira ou outra para que tudo corresse tão bem. E um parabéns antecipado a quem se dispuser a trabalhar um pouquinho para que a feira “Zezinho da Hora” não morra após dar os primeiros passos.